Das diferentes consultas que tenho recebido, destaco as voltadas para a identificação dos riscos corporativos, presentes nas organizações de qualquer tamanho.
Muitas vezes o olhar da direção executiva é focado nos aspectos operacionais, deixando de lado a avaliação de riscos. Principalmente em épocas de transição, os dirigentes devem estabelecer critérios de convivência com os riscos que ameaçam a tarefa empresarial, sejam eles financeiros, econômicos, operacionais, cambiais, de conjuntura, ambientais, sociais etc.
Observo que, uma vez consolidados os objetivos empresariais, são traçadas as estratégias em busca de resultados, sem a devida ponderação sobre ameaças que podem afetar diversas áreas da organização, em diferentes intensidades, independentemente da natureza e da dimensão do negócio. Justamente por isso, é preciso desenvolver a cultura do gerenciamento de riscos corporativos em que todos participam com responsabilidade, por meio de processo contínuo que envolva todas as unidades de negócio, permeando os níveis decisórios, administrativos e operacionais.
Para cada risco identificado são associados eventos causadores, seu potencial de ocorrência e seu impacto sobre a organização. De acordo com a filosofia de convivência com o risco, também tratada por apetite ao risco, são definidas as ações para sua mitigação: eliminação (ou recusa), redução, aceitação ou compartilhamento.
O gerenciamento de riscos corporativos, como atividade permanente, é ferramenta que agrega conhecimento, gera visão integrada do processo e previne prejuízos. É certo, porém, que não há prática ou procedimento que elimine o risco empresarial, próprio da atividade humana, com origem desde o simples erro de avaliação até o não atendimento às recomendações dos gestores de riscos.
Raul Cavallari
CNC 017, publicado no Jornal CNC em 06.11.14
Sócio da Meta Gestão Empresarial
Conselheiro de Administração Certificado pelo IBGC
rcavallari@metagestao.com.br
www.metagestao.com.br
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