Política corporativa: evitar conflito é bom?

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Em nossa experiência profissional, encontramos, com frequência, situações de conflito nos diversos níveis da organização. Eles podem aflorar entre os líderes, entre líderes e liderados, ou entre os próprios liderados. Percebemos que a tendência geral para resolver conflitos se faz na base do cumprimento de regras, na imposição de autoridade ou, simplesmente, na demissão do “encrenqueiro”. Transparece a cultura disseminada de que conflitos geram perda de produtividade, estragam o ambiente de trabalho, reduzem resultados e tantas outras consequências negativas. Nada mais falacioso!

A questão fundamental é buscar a origem do conflito, uma vez que ele surge entre pessoas. Como dizemos, são diferenças criadas entre indivíduos, entre dois “RGs”, polarizadas entre posições antagônicas que vão desde o medo de gerar conflito até a intenção de estabelecer conflito. Entre os extremos, surgem várias situações, onde os envolvidos perdem a consciência de sua consequência, degradando o ambiente de trabalho, comprometendo a motivação da equipe, com inibição da criatividade, até o limite de ameaçar a estabilidade da empresa.

Temos orientado a busca do equilíbrio pelo desenvolvimento de liderança harmônica que transforma as energias entre apatia e agressividade em caminhos de convergência e conciliação, buscando as visões positivas e a riqueza da heterogeneidade das pessoas, a partir de seus diferentes pontos de vista. Ao final do processo compartilhado, em que são reconhecidos sentimentos, percepções e intenções dos envolvidos no conflito, o resultado final é de ganho para os indivíduos, para as equipes e para a organização como um todo, melhorando a produtividade e o ambiente de governança corporativa.

Raul Cavallari
CNC 012, publicado no Jornal CNC, em 05.06.14

2017-06-13T20:17:02-03:00 5 de junho de 2014|Gestão Empresarial|