Quinhentos anos antes de Cristo, Heráclito dizia que “nada é permanente, exceto a mudança”. Assim funcionam as empresas, antenadas na evolução de cenários do mercado, em velocidade cada vez maior. Para fazer frente a este desafio, é preciso entender a mudança em duas categorias: mudança reativa a partir da necessidade de corrigir evento ou procedimento inesperado, e mudança planejada pela identificação clara de objetivos e de novas estratégias.
Para “ganhar tempo”, muitas empresas optam por soluções prontas, anunciadas como de fácil implantação e que já deram certo em outros ambientes similares. Recomendada por especialistas, são revestidas de atrativos simplistas.
O problema é que, raramente, a solução ótima de uma empresa é boa ou até mesmo aplicável a outra, sem tirar nem por.
Como, infelizmente, solução mágica não existe, a adaptação de pacotes prontos para o sistema de gestão empresarial e, mais, a capacitação da equipe e sua adequação comportamental, motivada e comprometida costumam gerar custos enormes, estouros orçamentários e atrasos nos resultados.
A implantação da mudança, portanto, deve buscar equilíbrio entre as soluções técnica e comportamental, integrando os subsistemas de gestão empresarial, afetados pelo novo cenário.
A filosofia básica para o sucesso na implantação da mudança é desenvolver lideranças, conscientizar equipes e montar organização específica, com clareza de responsabilidades e resultados esperados, preferencialmente, com estrutura independente da operacional permanente da empresa, envolvendo os quatro níveis da organização: recursos, processos, relacionamentos e identidade.
Raul Cavallari
Sócio da Meta Gestão Empresarial
rcavallari@metagestao.com.br
CNC 010, publicado no Jornal CNC em 03.04.14
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