O Subsistema Institucional de Gestão Empresarial define a razão de ser da empresa, onde são registrados missão, princípios e valores. É frequente ler missões como “satisfazer o cliente”, “gerar resultados para os acionistas”, “entregar produtos de qualidade” etc.. É fácil concordar que estas são qualidades óbvias, buscadas por quase toda empresa.
Generalidades pecam por não estimular a motivação da equipe, não atrair nem manter talentos, não orientar processos de desenvolvimento. Vejamos o exemplo de missão de um laboratório farmacêutico: “ser reconhecido por fabricar medicamentos de alta qualidade”. Ao invés disso, a missão pode ser “contribuir para a construção de sociedade saudável e feliz”.
É grande a diferença de abordagem para a mesma empresa. Fato antigo sobre posicionamento no mercado. No início de suas atividades, os estúdios de Hollywood experimentaram forte guinada positiva quando seus investidores mudaram o enfoque do negócio, trocando a missão de “produzir filmes” para “criar entretenimento para a sociedade”. Vários exemplos demonstram a diferença de motivação de equipes quando integradas na filosofia empresarial de criação de valor.
Importante é a aderência entre a linguagem corrente da empresa e os termos expressos em seus princípios e valores. A equipe precisa sentir que faz parte do todo e que os resultados são medidos, não somente por valores financeiros, como também por parâmetros qualitativos: prazo de entrega, índice de aproveitamento, satisfação de cliente, reconhecimento de excelência pelo mercado e outros peculiares à atividade empresarial.
Raul Cavallari
CNC 003, publicado no Jornal CNC, em 12.09.13
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